segunda-feira, 17 de maio de 2010

A ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



Rotina à estrutura básica, da espinha dorsal das atividades do dia.
A rotina diária é o desenvolvimento prático do planejamento. É também a seqüência de diferentes atividades que acontecem no dia-a-dia da creche e é esta seqüência que vai possibilitar que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a criança, pois permite que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular a sua socialização.
Maria Carmen Barbosa e Maria da Graça Horn, afirma em Organização do Espaço e do Tempo na Escola Infantil.
“O cotidiano de uma Escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras – os jogos diversificados – como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto e outras”.
Assim, para organizar estas atividades no tempo, é fundamental levar em consideração três diferentes necessidades das crianças:
“As necessidades biológicas, como as relacionadas ao repouso, à alimentação, à higiene e à sua faixa etária; as necessidades psicológicas, que se referem às diferenças individuais como, o tempo e o ritmo de cada um; as necessidades sociais e históricas que dizem respeito à cultura e ao estilo de vida”.
É interessante aqui reforçar a idéia de que a rotina deve prever pouca espera das crianças, principalmente durante os períodos de higiene e de alimentação. A espera pode ser evitada se organizarmos a nossa sala de aula de maneira que a criança tenha a possibilidade de realizar outras atividades, de forma mais autônoma, tendo livre acesso a espaços e materiais, enquanto o professor está atendendo uma única criança.
Atividades de organização coletiva
As crianças definem o que desejam fazer, e para isso é necessário que o ambiente, em termos de materiais e espaços, dê condições. Já as crianças maiores podem participar na própria organização das atividades. Uma festa, por exemplo, é uma atividade coletiva que pode ser organizada junto com as crianças. O mesmo pode ser feito com relação a um passeio, uma visita fora da instituição.
Atividades de cuidado pessoal
Não devemos separar o “cuidar” do “educar”. Uma das preocupações básicas das atividades de cuidado pessoal é com a saúde, entendendo a saúde como sendo o bem-estar físico, psicológico e social da criança. A higiene, o sono e a alimentação são algumas das principais condições para a sua vida, é necessária uma atenção maior em relação à limpeza e aos hábitos adequados de higiene. Também a alimentação é muito importante e não deve ser encarada com momento de dificuldade e de tensão. É importante observarmos alguns detalhes, tais como: o uso do guardanapo, a utilização correta dos talheres, e a ingestão de líquidos no momento adequado.
É possível organizar na creche brincadeiras e músicas que envolvam questões de higiene e alimentação. O sono é outro fator relevante para a saúde da criança, o ideal é que sejam ofertadas outras opções de atividades para as crianças que não querem ou não conseguem dormir. O problema da exigência dos momentos de sono da criança é o resultado da falta de pessoal. Mas isso não é correto? Importante: as crianças nunca devem dormir sem a presença de um adulto para atender a qualquer eventualidade, como passar mal, acordar aos sustos, por exemplo. Além disso, o horário é de descanso das crianças e não do profissional, que neste momento está trabalhando!
Atividades dirigidas
Na creche, as atividades dirigidas são aquelas que o professor realiza com uma ou poucas crianças, procurando chamar a atenção pra algum elemento novo do ambiente, como uma figura, uma brincadeira com som etc. No momento em que as crianças aprendem a andar é relevante realizar passeios pela creche. O adulto deve coordenar inúmeras atividades com as crianças, a partir de certa idade, tais como: contar histórias, fazer teatro com fantoches, ensinar músicas e brincadeiras de roda, brincar de esconde-esconde. O interessante é propor atividades à criança e deixá-la segura para escolher a forma de participar. Isso significa respeitar seu ritmo, confiar na criança, na sua capacidade de ação e na liberdade que tem para expressar seus sentimentos.
Atividades livres (isto é, menos dirigidas pelo professor)
Estas atividades devem fazer parte d programação diária de todos os grupos de crianças, desde o berçário até a turma dos maiores. Cabe a este organizar espaços e momentos para que as crianças livremente explorem o ambiente e escolham suas atividades específicas, mas é sempre interessante que o professor intervenha na coordenação das brincadeiras quando assim for necessário e integre-se como participante.

Hora do jogo

Arte com argila


Voluntária de dança

A professora de dança fez sucesso no maternal. Durante uma hora ela animou os pequenos com as músicas da Xuxa e finalizou com relaxamento.
Seja bem vinda!

Comer para crescer


Estagiárias de nutrição tem feito um ótimo trabalho com as crianças da nossa escola. Aqui a atividade é uma desgustação de diferentes frutas com os bebês do berçário. Foi muito legal e os pequenos adoraram.


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Relitura de Portinari

História da Arte com crianças na fase sensório-motor

Projeto Portinari
Idade: 2 a 3 anos


Objetivos: ampliar o conhecimento de mundo das crianças por meio a manipulação de diferentes objetos e materiais gráficos e plásticos e proporcionar o contato com formas diversas de expressão artística.
De acordo com Piaget, crianças de dois anos buscam adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que as rodeiam.
Partindo desses principios, a ideia de trabalhar obras de arte de forma contextualizada com a turma de maternal é ótima.
Para execução deste projeto, devemos realizar cinco etapa: análise e descrição da obra, bibliografia, oficina de pintura e releitura. Desenvolvido a partir do quadro "Meninos Soltando Pipas" para por em prática o projeto com sua você precisa de um pôster com a imagem, um livro ou imprimir a imagem abaixo.

Análise e descrição da obra
O quadro é interesante pois retrata uma bricadeira antiga e fascinante: soltar pipa. Para realizar
a análise e descrição da obra introduza a gravura no momento da rodinha. A atividade de roda é muito enriquecedora , pois é nesse momento que o grupo fica concentrado para a conversação e apresentação de atividades.


Crie um dialógo
-O que vocês estão vendo?
-Quem está brincando?
-Quem quer brincar de pipa?

A imagem pode ficar exposta durante bastante tempo na sala, pois as observações das crianças crescem dia a dia. Assim, elas foram desenvolvendo a capacidade de construção de sentindo, o reconhecimento e a identificação da obra de arte.

Sobre Portinari
Partindo dessa obra, o passo seguinte é introduzir outros quadros de Portinari. Sempre trabalhando na rodinha com observações, análises e descrições.

Oficina artística

Nessa etapa do projeto, os alunos se transformam em veradeiros arteiros.
Pintura de pipas: como nessa faixa etária as crianças ampliam os conhecimentos do mundo manipulando diferentes objetivos e materiais.
Sugestão: leve pipas já prontas para serem decoradas pelos alunos. Pinte com tinta guache e pincel grosso para dar um colorido especial.
Colagem: por cima da pintura, podemos colar pedaços de papel crepom colorido e construir os rabos da pipas.
Bonecos de pano: podemos criar um boneco costurado pela professora e decorado pelas crianças. Para simbolizar o garoto Candido Portinari.

Por que trabalhar com obras de arte

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil ressalta que as artes visuais devem ser concebidas como uma linguagem que tem estruturae características próprias, cuja aprendizagem, no âmbito prático e reflexivo, sa dá por meio da articulação dos eguintes aspectos: fazer artístico, apreciação e reflexão. O trabalho contextualizado com obras de arte dá conta de todas essas exigências

É importante salientar também que, mesmo quando o foco são as artes visuais, deve-se procurar abranger as outras áreas do conhecimento: movimento, música, linguagem oral e escrita, matemática e natureza e sociedade.

Três perguntas


Psicóloga e psicopedagoga do Infans - Unidade de Atendimento ao Bebê, de São Paulo, fala sobre o que caracteriza o desenvolvimento das crianças da creche.
O que distingue os três primeiros anos de vida? Esse é o período sensório-motor, caracterizado pela inteligência prática. O mundo é algo a experimentar e conhecer por meio dos órgãos dos sentidos e das ações corporais.
Como a criança aprende? Presa à experiência imediata, ela necessita da presença dos objetos concretos. Seus esquemas de ação são olhar, agarrar, ouvir, alcançar com a boca ou sentir com a pele.
Quais os procedimentos para potencializar o desenvolvimento nessa faixa etária? A primeira coisa a fazer é incentivar o uso da ferramenta mais poderosa, que é o corpo. Por meio dele, a criança entra em contato com texturas, temperaturas e gostos. Outras ações são estimular a linguagem verbal - por meio de histórias e músicas - e a imitação, entendendo a necessidade de reproduzir gestos e falas e procurando valorizar a expressão individual de cada um.

Parte cinco



Última parte
5. Identidade e autonomia
Por que trabalhar O bebê nasce em uma situação de total dependência e, pouco a pouco, necessita se tornar autônomo. "Enquanto adquirem condições para realizar ações, as crianças começam a saber das conseqüências de suas escolhas", explica Beatriz Ferraz, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária, em São Paulo. Autonomia e identidade se desenvolvem simultaneamente e, mesmo num ambiente coletivo, é preciso dar atenção individualizada às crianças.

O que propor As melhores experiências são as pautadas pelo relacionamento com os outros e pela demonstração de preferências. "Se a criança não tem opção, como vai decidir?", diz Cisele, do Avisa Lá. É essencial oferecer possibilidades - na hora da brincadeira ou da merenda, por exemplo - para que os pequenos sejam incentivados a se conhecer melhor e a optar. Ao servir os alimentos sem misturá-los, o educador permite a cada um identificar aquilo de que mais gosta. Oferecer a colher para que todos comam sozinhos também é primordial. Por meio da observação, uns aprendem com os outros. Mesmo que no começo façam sujeira e demorem para se alimentar, aos poucos adquirem a destreza do movimento.
A organização do ambiente em cantos de atividades é outro meio de favorecer o exercício de escolha, já que cada um define onde brincar, com quem e por quanto tempo. Para ajudar na construção da identidade, cabe ao educador chamar cada um pelo nome e ressaltar a observação dos aspectos físicos individuais. "Colocar grandes espelhos nas salas, ter fotos de cada um junto dos cabides em que penduram as mochilas, identificar as pastas com o nome e um desenho, por exemplo, são ótimas maneiras de estimular a atenção para as próprias características e fazê-los perceber a diferença e semelhança em relação aos colegas", diz Cisele
fonte:revista nova escola

Parte quatro


Continuação...
4.Arte
Por que trabalhar A música e as artes visuais são dois meios de os pequenos entrarem em contato com o que ainda não conhecem. Nessa fase, as linguagens se misturam e um mesmo objeto, como um giz de cera, pode ser usado para desenhar ou batucar. "Aqueles que têm oportunidade de participar de atividades nessas áreas certamente desenvolvem mais a capacidade cognitiva", diz Silvana Augusto, formadora do Instituto Avisa Lá.

O que propor Quanto mais variadas as experiências apresentadas, maior a garantia de qualidade no desenvolvimento do grupo. Escutar sons, como os produzidos por batidas em várias partes do próprio corpo e pela manipulação de objetos, ouvir canções de roda, parlendas, músicas instrumentais ou as consideradas "de adulto" faz a diferença nessa fase. Além de ouvir e repetir um repertório já conhecido, a turma deve ser orientada a improvisar e criar canções, brincar com a voz, imitar sons de animais e confeccionar instrumentos. "A música contribui para um desenvolvimento pleno e harmônico, já que incide diretamente na sensibilidade, na expressão e na reflexão", afirma Teca Alencar de Brito, co-autora do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

Da mesma maneira, o ideal são atividades de artes visuais diversificadas. Uma boa prática inclui desenhos - e não o preenchimento de modelos prontos -, pinturas ou esculturas usando diversos materiais e possibilitar o contato com novos recursos visuais para ampliar as referências artísticas. As produções da classe ficam à disposição para que sejam observadas e comentadas e para que cada um reconheça o que é de sua autoria.

Terceira parte


Continuação...
3. Movimento
Por que trabalhar O movimento é a linguagem dos pequenos que ainda não falam e continua sendo a maneira de se expressar daqueles que já se comunicam com palavras. "O pensamento é simultâneo ao movimento e, por isso, não se pede que eles fiquem sentados ou quietos por muito tempo. Evitar que se mexam é o mesmo que impedi-los de pensar", explica Maria Paula Zurawski, assessora de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Portanto, quanto mais o professor incentivar o movimento, maior será o aprendizado de cada um sobre si mesmo e o desenvolvimento da capacidade de expressão.
O que propor O bebê precisa participar de atividades que ampliem o repertório corporal para que percorra um caminho de gradativo controle dos movimentos até conseguir se levantar e andar. Aos poucos, ele passa a ter consciência dos limites do corpo e da conseqüência de seus movimentos. São situações indicadas para o amadurecimento motor passar por obstáculos como túneis, correr e brincar no escorregador. Os espaços da creche devem ser desafiadores e, ao mesmo tempo, seguros. São ambientes propícios para as atividades desse tipo tanto o pátio como a sala. Ali, são colocados bancos ou caixas que sirvam de apoio para os que estão começando a andar e ficam distribuídos brinquedos de equilíbrio. Enquanto a turma se mexe para lá e para cá, não se perde um lance. Um educador atento sabe quando um suspiro revela cansaço ou uma careta demonstra algum desagrado.

Segunda parte


Continuação...
2. Linguagem oral
Por que trabalhar Quando o bebê se expressa com gritos ou gestos, ele tem uma intenção. "Mesmo os que têm pouco vocabulário ou que ainda não falam com desenvoltura estão participando da atividade comunicativa de forma competente e correta", diz Maria Virgínia Gastaldi, Editora de Educação Infantil da Editora Moderna. Para que a linguagem oral se desenvolva, cabe ao professor reconhecer a intenção comunicativa dos gestos e balbucios dos bebês, respondendo a eles, e promover a interação no grupo.

O que propor Desde muito cedo, cantigas de roda, parlendas e outras canções são meios riquíssimos de propiciar o contato e a brincadeira com as palavras e de estimular a atenção a sua sonoridade. "O burburinho das conversas entre os pequenos, falando sozinhos ou com os outros, é riquíssimo. Não se admite mais a idéia de manter a sala em silêncio, com aparência que está tudo ‘sob controle’", diz Regina Scarpa, da FVC.

As rodas de conversa, feitas diariamente, são uma oportunidade de praticar a fala, comentar preferências próprias e trocar informações sobre a família. Nessa situação, há a interação com os colegas e aprende-se a escutar, discutir regras e argumentar. Quanto menor for a faixa etária do grupo, mais necessária será a interferência do educador como propositor e dinamizador dos diálogos.

Início - Primeira parte


Achei uma matéria na revista nova escola muito interessante que nos faz refletir sobre o que estamos oferecendo para nossos alunos.
Será que temos recursos,espaços e meios suficientes para garantir que algumas experiências essenciais façam parte do nosso planejamento. Saiba como trabalhá-las e por que são tão importantes.

Como a matéria é bem extensa vamos por partes.

1. Brincar
Por que trabalhar Embora a brincadeira seja uma atividade livre e espontânea, ela não é natural, mas uma criação da cultura. O aprendizado dela se dá por meio das interações e do convívio com os outros. Por isso, a importância de prever muito tempo e espaço para ela.

O que propor Uma das primeiras brincadeiras do bebê é imitar os adultos: ele observa e reproduz gestos e caretas no mesmo momento em que acontecem. Com cerca de 2 anos, continua repetindo o que vê e também os gestos que guarda na memória de situações anteriores, tentando encaixá-los no contexto que acha adequado. Tão importante quanto valorizar essas imitações é propor ações físicas que possibilitam sensações e desafios motores.

Alguns brinquedos também fazem sucesso nessa fase. Os mais adequados são os de peças de montar, encaixar, jogar e empilhar, além dos que fazem barulho. É preciso ter cuidado com a segurança e só usar objetos maiores do que o tamanho da boca do bebê quando aberta. Para um trabalho eficiente, uma boa estrutura é essencial. Isso inclui ter material suficiente para que todos consigam compartilhar e um bom espaço de criação. "Os ambientes devem ser convidativos e contextualizados com a história que se quer construir", diz Ana Paula. Uma área ao ar livre, mesmo que com poucas árvores, vira uma grande floresta. Uma sala bem cuidada, rica em cores e com variedade de brinquedos e estímulos igualmente possibilita momentos criativos, prazerosos e produtivos.

Fazendo Arte

Uma ótima sugestão para aqueles dias que seus alunos estão agitados e você está sem ideias. Pintura com tinta em papel pardo ao ar livre. Eles adoram, o difícil é parar de pintar.